Na altura denominada de S. Miguel de Palhacana, foi curado anexo Santo Estevão de Alenquer, tendo-se autonomizado. A sede da freguesia foi, até 1928, no lugar de Palhacana.
A ermida do Espírito Santo, que já existia no princípio do século XVIII, é hoje desaparecida. Tinha hospital para os passageiros.
Sem que as atas da Câmara o deixem prever ou a população tenha sido consultada, a 14 de Abril de 1928, o decreto 15.356, determina que a Freguesia de S. Miguel de Palhacana passe a chamar-se Freguesia de Pereiro de Palhacana, e que a sua sede passe de Palhacana para o Pereiro. O decreto, assinado pelo Presidente da República, marechal Óscar Carmona, justifica a decisão pelo facto de Palhacana ser pouco populosa, ficar situada num extremo e porque “apenas tem dado o nome à freguesia, cuja sede de facto tem sido a povoação do Pereiro, pois que, em virtude da sua situação mais acessível e outras condições de superioridade, nela se têm realizado sempre todos os actos oficiais concernentes à freguesia” .
Naquela data, adotou então o nome de Pereiro de Palhacana.
Em Pereiro de Palhacana, o célebre Pedro Álvares Cabral, foi proprietário de uma quinta, a qual trocou, em 1509, por uma quinta em Santarém, onde morava.
Ao Pereiro ligou-se um ramo da família do célebre botânico Félix de Avelar Brotero. Em 25 de janeiro de 1789 casaram, na ermida do Espírito Santo deste lugar, o Dr. Joaquim Pereira Fajardo de Azevedo, de Alenquer, e D. Maria Margarida Rosa de Avelar e Noronha. Esta era filha do capitão Domingos Rodrigues de Avelar e de D. Francisca Rosa de Avelar e Noronha, presumivelmente irmã de Brotero. Deste casal terá sido também filho o capitão Matias José Rodrigues de Avelar, vereador da Câmara de Alenquer entre 1821 e 1823.
José Gomes Castelo, do lugar de Ribafria, foi grande benfeitor da Misericórdia de Aldeia Galega. Em 1792, depois de obter autorização da rainha D. Maria I, doa todos os seus bens àquela Casa, para a instalação de um hospital para recolhimento e sustentação dos pobres e cura dos enfermos.
Em 1988, é proposta a criação da freguesia de Ribafria. A sua área resulta do desmembramento da freguesia de Pereiro de Palhacana, dividida desde há muito pela rivalidade dos lugares que a compunham.
Em 2013, no âmbito da Lei nº 11/A 2013 de 28 de Janeiro, que deu cumprimento à obrigação estabelecida na Lei nº 22/2012 relativamente à Reorganização Administrativa Territorial Autárquica, as freguesias voltaram a unir-se, formando assim a UNIÃO DAS FREGUESIAS DE RIBAFRIA E PEREIRO DE PALHACANA.
A topografia acidentada da freguesia proporciona contrastes dignos à vista de quem visita a freguesia. Desde a imagem das cerejeiras em flor na primavera, o verde a anunciar a generosidade do vinho e dos trigos no verão, o amarelo acastanhado nas encostas, nos valados e nos cumes, transformando a paisagem num espetáculo esplêndido no outono e no inverno a desnudar as terras, mostrando outra beleza sem condimentos.
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